O REFERENDO DE 11 DE FEVEREIRO DE 2007 E O SIGNO DE CAPRICÓRNIO
De um modo geral, quase todo o arco de 30º do Zodíaco que se designa por signo de Capricórnio representa a direita político-social em Portugal. Por isso, a situação desta é favorecida com a passagem de planetas expansivos (Júpiter, Vénus) e prejudicada com a passagem de planetas inibidores (Marte, Saturno) no signo.
Atente-se nalguns exemplos de como Marte golpeia a direita portuguesa (Capricórnio) ao transitar este signo.
Em 14 de Dezembro de 1918, com Marte em 25º de Capricórnio, o presidente da República Portuguesa, o conservador fascizante major Sidónio Pais, é abatido com três tiros de pistola pelo republicano radical José Júlio da Costa, na estação do Rossio, em Lisboa. É uma derrota pesada para a direita latifundiária em Portugal.
Em 4 de Dezembro de 1980, com Marte em 9º de Capricórnio, o primeiro-ministro do governo da Aliança Democrática, coligação das direitas, Francisco Sá Carneiro, e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, morrem, junto com 5 outras pessoas, na queda de um pequeno avião em que viajavam, em Camarate, arredores de Lisboa, em consequência de um atentado à bomba.
Em 20 de Fevereiro de 2005, com Marte em 9º-10º de Capricórnio, o PSD do primeiro ministro Santana Lopes e o CDS de Paulo Portas, vectores da direita tradicional em Portugal, são derrotados pelo PS de José Sócrates que obtèm maioria absoluta e, por isso mesmo, deslizará, a curto prazo, do centro-esquerda para o centro-direita, já que não necessita dos votos da esquerda PCP, BE, PEV.
Nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro de 2007, Marte passará no grau 9 de Capricórnio, - a mesma posição que ocupou na morte de Sá Carneiro em 1980 e na derrota eleitoral do PSD Santana Lopes em 2005- e em 11 de Fevereiro de 2007, dia do referendo à despenalização do aborto voluntário até às 10 semanas em Portugal, Marte estará em 13º-14º de Capricórnio.
É previsível, pois, que a direita, em particular o PSD, sofra derrotas nos citados dias. Se tivermos em conta que a maioria do eleitorado PSD, vinculado ao catolicismo, alinha na campanha do «não» à despenalização do aborto voluntário, presume-se que o referendo dará a vitória ao SIM, que as esquerdas (PCP, BE, PEV, PO, anarquistas, ala esquerda do PS) defendem.
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