26.3.07

Doença prolongada?... Tá-se bem!...


Portugal vem de há uns anos sofrendo de "doença prolongada" e parece de tal forma estar a definhar que, psicologicamente apresenta graves falhas de memória, de lucidez e, porque não dizê-lo, de inteligência. É que se é mau não saber, é pior não querer saber e, mau de todo é fazer que não sabe. E se não sabe, é melhor que aprenda ou tente fazê-lo, antes de se pôr a dar provas de ser tão desleixado que até vota em Salazar para representar o português mais influente na nossa História, esquecendo-se que não se pedia o português que mais a marcou negativamente. Concorreram por concorrer e responderam à questão como qualquer aluno, que não estuda, que é desinteressado e precipitado: lê a pergunta tão mal quanto sabe e responde tão mal quanto lhe vem à cabeça! Vai-se então deixar aqui um pouco de "remédio" para a doença do "sono-em-pé", a do "deixa-andar", a do "zombie" e a da ignorância quase geral do tá-se bem!
«O Estado Novo (1933-1974) é um regime autoritário, corporativista, conservador, tradicionalista, colonialista, nacionalista, anti-liberal, anti-parlamentar, anti-comunista, anti-democrático e repressivo (apoiado na PIDE) instituído sob a direcção de António de Oliveira Salazar, um conservador e tradicionalista católico influenciado muito por Charles Maurras e pelas encíclicas do Papa Leão XIII (especialmente o Rerum Novarum) e de outros Papas. O regime apoia-se na censura, na propaganda, nas organizações juvenis (Mocidade Portuguesa), nas organizações paramilitares (Legião Portuguesa), no culto do Chefe e na ideologia católica.»( In Wikipédia)
A imagem "Soldados da Frelimo e do Exército Português" aparece em
O Portal da História, associada a um texto donde se extraiu o seguinte:
«Após quatro séculos de presença em África, e uma luta em que parecia aceitar pagar qualquer preço para manter os seus territórios nesse continente, afirmando ter uma missão civilizadora, tudo mudou em 1974. No começo do ano, Portugal estava a gastar quase 650 milhões de dólares para manter um força multiracial de 150.000 homens, que combatia cinco exércitos de guerrilheiros em outras tantas frentes. (...) Tinha sido uma guerra sem grandes batalhas, uma campanha intensa na selva que durou catorze anos(...).»

Convém também recordar as pessoas que emigraram para fugir à miséria que se vivia no Continente, os jovens que, com 19 anos, foram retirados às suas famílias e amigos, aqueles que vieram, do chamado
Ultramar, estropiados e os que nem sequer vieram, assim como os que foram devolvidos num caixão de chumbo! (E isto para não nos alongarmos em demasia!)

Mesmo assim, tá-se bem??

2 comentários:

Pedro Leite Ribeiro disse...

É uma tempestade em copo de água, mas parece que algumas pessoas se assustaram com um mero concurso televisivo. A RTP não esperava obter aquele resultado e tenho a certeza de que se tivesse sido outro, ela própria teria feito "a posteriori" muitos mais comentários e anúncios ao vencedor. Assim, ficou um silêncio comprometido...
65290 votos no vencedor, representam a totalidade dos nostálgicos (tal como no caso do aborto, não houve aumento dos apoiantes do não porque já no anterior referendo tinham votado todos) e deve-se levar em conta que não votaram apenas os maiores de 18. Se quiseres dar-te ao trabalho de contabilizar a percentagem que esse número representa na população portuguesa...

Pedro Leite Ribeiro disse...

Ainda a propósito, embora já fora de prazo. O Salazar também foi eleito o Pior Português de Sempre em
http://piorportugues.blogs.sapo.pt/11685.html